A Exploração do Pau Brasil
A primeira riqueza explorada no Brasil, pelo europeu em terras brasileiras, foi o pau brasil, árvore que existia em relativa abundância em grande faixa de terra de nossas costas. Devido ao abandono em que os Portugueses deixaram o Brasil, os olhos da Europa se viraram para a exploração do pau brasil. Todo o interesse comercial se prendeu ao fato de que podia-se extrair dela um corante muito utilizado para tingir tecidos. Antes do Brasil, a indústria de tecidos da Europa comprava o pau-brasil do Oriente, mas, após a descoberta do Brasil, passou a ser mais econômico extraí-lo de nosso litoral.
Demorou mas, o rei de Portugal declarou a exportação como um monopólio da coroa portuguesa, sendo que assim, ninguém mais poderia retirá-lo sem prévio consentimento da coroa portuguesa.
A primeira concessão para exploração foi dada a Fernando de Noronha em 1501, que estava associado a diversos negociantes judeus.
Os franceses que não reconheciam a legitimidade do Tratado de Tordesilhas, continuaram a extrair o pau-brasil sem pagar qualquer tributo a Portugal.
Para a extração do pau-brasil, contava essencialmente com a participação dos índios, pois as tripulações não dariam conta da grande tarefa, pois as árvores, de grande porte, alcançavam um diâmetro de um metro, e de 10 a 15 metros de altura. Esse trabalho era conseguido através de troca de quinquilharias, e o trabalho consistia em derrubar as árvores, cortá-las em pequenas toras, transportá-la até a margem da praia, e levá-las até os barcos.
A exploração do pau-brasil, não possibilitou a formação de núcleos de colonização fixos e povoamentos. Por ser uma exploração predatória era uma atividade nômade, e ia se deslocando pelo litoral na medida em que as arvores acabavam.
Com o resultado da extração indiscriminada, o pau-brasil não demorou muito a se esgotar e passou a não ter mais valor econômico.
Essa destruição ecológica, levou, rapidamente a destruição da Mata Atlântica. E a rica floresta que se estendia em quase todo nosso litoral, resta hoje apenas 8%, em matas dispersas .