Querem boas notas? Cheirem alecrim

Se cheirar esta planta – diz um grupo de cientistas britânicos –, vai ter mais facilidade em lembrar-se do que aprendeu.

Esqueça as ampolas e os comprimidos para a memória. Da próxima vez que quiser preparar-se para um exame escolar ou um teste à memória, cheire alecrim. A sugestão é de um grupo de cientistas da Universidade de Northumbria, em Inglaterra, que submeteu 40 alunos, de 10 e 11 anos, a provas de memória em salas com e sem aroma a esta erva. De acordo com a pesquisa, apresentada pelos especialistas em Maio na conferência anual da Sociedade Britânica de Psicologia, os estudantes que trabalharam em ambientes com fragrância a alecrim obtiveram 5 a 7% melhores resultados.

Mark Moss, um dos responsáveis pela investigação, diz que as conclusões suportam as crenças tradicionais sobre o tema. “O alecrim tinha já a reputação de estar associado à memória [Shakespeare pôs a famosa Ofélia a falar sobre isso em Hamlet], mas sabemos que é também revigorante”, explicou o cientista, na página oficial da universidade. Este novo estudo fez com que pais de alunos em exames tivessem corrido para as lojas que vendem a fragrância. Segundo o The Telegraph, o supermercado de comida saudável Holland & Barrett duplicou as vendas. E, logo na semana seguinte ao estudo ser divulgado, subiram 270%.

Os efeitos da planta são também notórios em pessoas com mais de 65 anos, garantiu o especialista que é director do departamento de psicologia da universidade. Moss adianta ainda que a repercussão do alecrim no cérebro é semelhante em crianças e adultos. Ainda assim admite que possa ter um impacto reduzido em algumas pessoas.
Numa tentativa de explicar o fenómeno, Moss defende que os neurotransmissores ligados à memória são afectados por cheiros e que “há uma interacção semelhante à das drogas”. “A actividade eléctrica do cérebro pode ser afectada por determinados aromas ou por compostos farmacológicos activos”, afirmou à BBC o cientista, acrescentando que um dos próximos passos será fazer “ensaios em grande escala das aplicações dos aromas na educação”.

Alfazema? Para alunos não
Numa investigação anterior, a equipa de Mark Moss tinha demonstrado que o alecrim é benéfico. Os investigadores colocaram 150 pessoas com 65 e mais anos em espaços com cheiros diferentes: em alguns havia aroma a alecrim; noutros a alfazema e noutros não havia qualquer odor.

Independentemente da situação, todos os participantes fizeram testes de memória – tiveram de lembrar -se, por exemplo, de tomar medicação a determinada altura. No final, concluíram que os que haviam cheirado alecrim tinham tido resultados 15% mais elevados do que os que estiveram em divisões sem odor. Por outro lado, os que foram expostos à alfazema ficaram mais calmos, mas com menor capacidade de recordar eventos específicos. Outra prova de que os cheiros têm de facto impacto no cérebro.
Fonte: S//Mundo

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