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O primeiro Kuarup – a festa dos mortos

O primeiro Kuarup – a festa dos mortos

O primeiro Kuarup, a festa dos mortos (Kamaiurá) Mavultsinim queria que os seus mortos voltassem à vida. Foi para o mato, cortou três toros da madeira de kuarup, levou para a aldeia e os pintou. Depois de pintar, adornou os paus com penachos, colares, fios de algodão e braçadeiras de penas de arara. Feito isso, mavutsinim mandou que fincassem os paus na praça da aldeia, chamando em seguida o sapo cururu e a cutia (dois de cada), para cantar junto…

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Papa Figo

Papa Figo

O Papa Figo, ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito que carrega um grande saco às costas. Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca de suas vítimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os artifícios para atrair as vítimas, todas crianças claro, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar público…

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Poronominaré – O Dono da Terra

Poronominaré – O Dono da Terra

O velho pajé Cauará saiu para pescar, demorando muito a voltar. A filha preocupada resolveu procurá-lo perto das águas mansas do rio. Após muito andar, sentou-se na relva para descansar. Anoitecia e a lua surgiu atrás das montanhas, ficando a jovem a contemplá-la. Subitamente, destacou-se do astro um vulto muito estranho que vinha em sua direção. A índia parecia hipnotizada, sendo em seguida tomada de profunda sonolência. Neste momento o pajé, que havia retornado a aldeia, preocupou-se com a ausência…

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Saci Pererê

Saci Pererê

A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno. É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que…

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Sinaá – Inundação e Fim do Mundo

Sinaá – Inundação e Fim do Mundo

Sinaá, o mais poderoso pajé da tribo Juruna, era filho de mãe índia e pai onça. Do felino herdara o poder de enxergar também pelas costas, o que lhe permitia observar tudo o que se passava ao seu redor. Caminhava com sua gente por toda a região, ensinando a seus companheiros serem bons e bravos. Seu povo alimentava-se de farinha de mandioca, raspa de madeira, jabutis e sucuris, cobras imensas que habitavam na água. Certa vez, uma enorme sucuri foi…

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Vitória Régia

Vitória Régia

Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as…

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Yara – a rainha das águas

Yara – a rainha das águas

Yara, a jovem Tupi, era a mais formosa mulher das tribos que habitavam ao longo do rio Amazonas. Por sua doçura, todos os animais e as plantas a amavam. Mantinha-se, entretanto, indiferente aos muitos admiradores da tribo. Numa tarde de verão, mesmo após o Sol se pôr, Yara permanecia no banho, quando foi surpreendida por um grupo de homens estranhos. Sem condições de fugir, a jovem foi agarrada e amordaçada. Acabou por desmaiar, sendo, mesmo assim, violentada e atirada ao…

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A lápide

A lápide

Você vem arrastando os pés na relva, sem muita vontade, sem muita coragem. Mas precisa desse ritual – seu coração o exige – muito mais do que você é capaz de admitir. Posso vê-lo de meu escaninho no arvoredo. Disfarçada estou nas silhuetas de negros ciprestes. Você se ajoelha diante do túmulo mil vezes renegado. A brisa lhe alvoroça os cabelos claros como os meus dedos teriam feito. – Olá, meu amor. Ah, sim, diga essas palavras que eu esperei…

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Desejos da Alcova

Desejos da Alcova

Doutor, há tempos és meu terapeuta e sabes que não há na cidade quem levante suspeita sobre minha fidelidade, honestidade e retidão de caráter. Há doze anos sou casado com Amélia e por ela tenho vivido deste então. A consulta de hoje é para que eu lhe conte o que vivi nestes doze anos e, principalmente, nos últimos meses e dias. Não posso me furtar o direito de confessar que a monotonia do enlace me vinha perturbando. Amélia sempre foi…

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Epitáfio

Epitáfio

A tarde é vermelha, pinta os campos e o lago de dourado e aquece o seu rosto que eu encontro a espreitar o meu. Tenho um espelho nas mãos. Encaro-me nele, investigo as rugas que já se insinuam. Mas não você; tudo o que vê em mim é jovem e fresco. Detrás de mim, sussurra-me ao ouvido: – Você é tão bela. Belo é ter seus braços sobre meus ombros, agasalho humano, e seus dedos nos meus cabelos, o melhor…

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