Nesta quarta-feira (4) o jornal Les Echos traz uma matéria sobre Richard Spencer, fundador da Alt-Direita, um movimento embrionário que reúne neonazistas, nacionalistas e monarquistas. Ele estava se preparando para concorrer a um cargo no Congresso nas próximas semanas.
A reportagem diz que sua intenção é criar uma corrente política ainda mais a direita de Donald Trump e reviver a Ku Klux Klan em uma forma mais atraente do que a dos anos 1950: a da juventude e aceitabilidade política.
“Donald Trump tem coragem, mas precisa de pessoas que pensam com a cabeça”, diz Richard Spencer, que se apresenta como o “líder carismático” deste movimento.
> > Les Echos Richard Spencer, le Ku Klux Klan version XXIe siècle
O diário de finanças acrescenta que além da aparência física de playboy e seus bons modos, ele tem um ar de polonês fresco e na pior das hipóteses impulsiona o racismo que os Estados Unidos haviam conhecido desde os anos 1960.
“Precisamos nos apresentar bem. Ninguém quer participar de um movimento que parece horrível, cruel e estúpido “, justifica.
“Eu não quero ressuscitar uma época em que os nacionalistas brancos pareciam loucos. Quero que as nossas ideias entrem no mainstream”. Ele é fã de esqui e mountain bike e está se preparando para abrir um escritório em Washington, onde montou uma equipe de gestão super competente.
Desconhecido há seis meses
O jovem, que cunhou o termo “Alt-Direita”, em 2008, para se referir a todas as correntes AC da direita (neonazistas, monarquistas, libertários, etc.) era desconhecido há seis meses. Paradoxalmente, foi Hillary Clinton, que o ascendeu em agosto, denunciando sua reunião como “ideologia racista chamada Alt-direita”. Um presente inesperado! “Nós não devemos esquecer que eu lhe envio meus melhores desejos”, brinca Richard Spencer, poucos dias antes do Natal.
Donald Trump também teve a sua quota na legitimação do movimento. Ele multiplicou projeções racistas e apelos à violência – observações que pareciam inimagináveis no cenário político nacional.
Fonte:JB