O preparador físico Nuno Cobra foi preso nesta segunda-feira (11), acusado de abusar sexualmente de uma mulher em agosto deste ano. Cobra foi encaminhado para a sede da Justiça Federal Criminal de São Paulo. Ele ficou conhecido nos anos 1980 quando cuidava da preparação física do piloto Ayrton Senna.
De acordo com o MPF, em agosto deste ano ele teria atacado uma jornalista após uma entrevista, em São Paulo. A vítima relatou que, após uma entrevista e na presença de outros colegas, o acusado apertou suas nádegas e esfregou seu órgão sexual nela, afirmando que os homens possuem “energias sexuais”, que “as mulheres deveriam compreender”. A jornalista apresentou testemunhas do ocorrido.
Cobra era ainda acusado de um outro crime de violação sexual que teria acontecido em 2015, durante um voo. O MPF informou que ele foi preso nesta segunda-feira justamente porque reiterou o crime denunciado em 2015.
Abuso em voo
O MPF em São Paulo havia requerido a condenação de Cobra pelo crime de violação sexual previsto no artigo 215 do código penal: estupro ou ato libidinoso cometido mediante fraude ou meio que impeça ou dificulte a defesa da vítima.
O fato aconteceu em 2015, durante um voo que fez uma escala no aeroporto de Congonhas. A ocorrência do crime no espaço aéreo determina que a investigação tramite na Justiça Federal.
Segundo o relato da vítima e testemunhas, ele sentou-se ao lado da mulher e começou a conversar com ela, dizendo que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. Porém, durante a decolagem, passou a tocar os seios e pernas da mulher várias vezes. Enquanto tocava a passageira, Cobra dizia que o formato do corpo da vítima lhe despertava pontos energéticos que não sentia havia muito tempo.
Após a decolagem e estabilização da aeronave, a vítima se desvencilhou dele e conseguiu levantar-se, dirigindo-se aos comissários de bordo, pedindo ajuda diante da agressão que acabara de sofrer e mantendo-se afastada do autor do crime durante o restante do voo. Assim que o avião fez a conexão no aeroporto de Congonhas, traumatizada, a vítima esperou o término do desembarque para descer do avião e contar o que se passou à Polícia Federal.
Fonte:JB