O consumo maciço dos diferentes compostos de anfetamina durante as décadas de 1960 e 1970, motivado pelo efeito psico-estimulante desse princípio, levou a maioria dos organismos de saúde pública a baixar normas que procuram reduzir seu emprego.
Utilizada principalmente como estimulante e nos regimes de emagrecimento, a
anfetamina é o protótipo de uma série de drogas sintéticas, todas chamadas
anfetaminas, que atuam sobre o sistema nervoso central, gerando aumento da
atividade mental, euforia e incremento da resistência à fadiga e da capacidade
de concentração, além de melhorar a disposição geral. Em conseqüência, é
utilizada para tratar casos de depressão e de narcolepsia, doença caracterizada
por uma irresistível tendência ao sono. Outros tratamentos em que também se
emprega a anfetamina são os de desintoxicação de alcoólatras e, pela capacidade
que tem essa droga de eliminar o apetite, nas dietas de emagrecimento.
A preparação mais usada é o sulfato de anfetamina. O sulfato de
dextroanfetamina é a mais ativa das duas formas isoméricas (isto é, que têm a
mesma composição química, mas uma distribuição espacial diferente) da
anfetamina.
Produzindo os mesmos efeitos terapêuticos, apresenta a vantagem de provocar menor número de efeitos secundários indesejáveis: entre outros, náuseas, insônia, contrações abdominais, irritabilidade, hipertensão e estados maníacos.
Dois dos efeitos fisiológicos produzidos pela administração da anfetamina
são semelhantes aos que se apresentam naturalmente pela ação do hormônio
adrenalina: estimulação dos centros respiratórios e constrição dos vasos
sangüíneos.
Embora não se produza uma típica síndrome de abstinência quando a
administração da droga é suspensa, ocorrem desajustes orgânicos, e o uso
prolongado leva a uma grande dependência de origem psíquica.