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As rodas, ou círculos, representam a totalidade. Na Índia é um instrumento para conduzir ao Eu Profundo, e é chamada de Mandala. Segundo Jung, a mandala se encontra na própria alma humana, aparecendo nos sonhos e em diversas imagens criadas pelo nosso inconsciente. O círculo é o símbolo do Sol, do Céu e da Eternidade. O princípio masculino e feminino na China (Yin-Yang) é simbolizado por um círculo dividido, em branco representando o Céu, e o preto a Terra.

Os círculos aparecem no zodíaco, calendários, talismãs, pontos, templos, altares, etc..

O círculo é um símbolo para o entendimento do mistério da Roda da Vida. O homem olha o mundo físico através de seus olhos, que são circulares. Assim como a Terra, a Lua, o Sol e os Planetas. O tempo discorre de um movimento circular, e muitos ritos e cerimônias observam o sentido horário. Os pássaros constróem seus ninhos em formas circulares, os animais delimitam seu território em círculo.

Os índios americanos reconhecem a vida como um movimento circular, um caminho a ser percorrido na Roda Medicinal, Roda de Cura.

Quando se constrói uma Roda Medicinal, edifica-se uma representação simbólica do Universo e da Mente Universal, cujo o Todo é conectado em sincronização harmônica com todos os seres.

A Roda é um mapa da mente e a carta da vida. É um círculo de geração de poder, debaixo do controle da mente, permitindo seu uso para achar nosso próprio caminho de autoconhecimento, para mudar e transformar a própria vida.

As Rodas Medicinais dos nativos norte-americanos são constituídas de 36 pedras alinhadas de forma circular. Existem várias versões, dependendo de cada tradição.

Servem também para rezar, meditar, contemplar, fortalecer nossa conexão com a natureza, etc..

Estudar a Roda Medicinal ajuda a lembrar a conexão com todos os aspectos do Universo. Cada pedra na Roda Medicinal é uma ferramenta para ajudar você a entender traços de seu passado que molda o presente e o futuro planetário.

Uma das chaves da sabedoria de muitas culturas xamânicas é o conceito da Roda Sagrada, conhecido também pelo xamanismo como Círculo da Vida. Da mesma maneira que há muitas culturas diferentes que respeitam a Roda Sagrada, assim também há muitos símbolos associados com ela, a Mandala Tibetana, a Roda Medicinal, o Pentagrama, a Cruz Céltica, a Roda do Sol, o Sol Espiral e muitos mais. Estes símbolos procuram trazer iluminação para aqueles que meditam e se conectam com eles.


Em todas as cerimônias e rituais realizados dentro da Roda Sagrada dos Nativos Americanos, começa-se saudando e invocando as quatro direções. As direções são associadas a cada estação do ano e a um elemento. Cada direção tem um Guardião Espiritual que corresponde a um clã e, tem aliados no reino animal, mineral e vegetal.

Os Guardiões Espirituais trazem os ventos correspondentes a cada direção para a terra. Wabun é o mensageiro da alvorada que traz o vento morno da primavera do leste. Shawnodese traz do Sul o vento quente do verão. Mudjekeewis traz do Oeste o vento fresco do outono. Waboose é o detentor do mistério dos conhecimentos antigos e traz o vento frio do Norte.

Todas direções apontam para um caminho. A direção leste indica o caminho do visionário, o poder da luz, o portal para busca da iluminação. A direção sul indica o caminho da cura da criança interior promovendo o crescimento, o poder da confiança e do amor, o portal para as emoções. A direção oeste indica o caminho da cura física, o poder da transformação e introspecção, o portal para o corpo. A direção norte indica o caminho do guerreiro, o poder do conhecimento e da sabedoria, o portal para a mente, purificando a terra e obrigando os homens a isolar-se para a renovação.

Meditando com as Quatro Direções

Começamos virando para o Leste - Invocamos a Wabun, o leste é o centro de iluminação onde habita a águia, que voa mais alto e tem uma visão aguçada. É representado pela cor amarela que representa, o nascer do sol, a primavera, o nascimento, um novo início, a iluminação. O leste é onde o Avô Sol nos sauda a cada manhã. Seu elemento é o Fogo, procure conectar-se com ele, pedindo clareza para enxergar uma situação, clarear um relacionamento, definir um novo projeto de vida, e fortalecer a sua autoconfiança.

Olhando para o Sul, invocamos Shawnodese, o sul é onde mora a criança interior e também representa o lugar onde começa a vida física. É representado pela cor vermelha que representa a culminância do Sol, o meio-dia, o verão, o crescimento, o vigor físico, a inocência e o frescor da infância, os sentimentos, a alegria, a paixão. Os animais sagrados são: o camundongo (que vê as coisas de perto e sente tudo pelo toque), o coiote (o trapaceiro, usando as armadilhas das emoções para ensinar) e o sapo (purificação). Seu elemento é a Água, procure entrar em contato com ela ouvindo uma fita de tambor com o ritmo do coração, perto de um lago ou num campo aberto e verde. Perceba suas emoções, identifique as feridas, conecte-se com sua criança interior. Reavalie os seus comportamentos, considerando como evitar cair em novas armadilhas, mas sem perder a confiança em si e no mundo.

No Oeste, invocamos Mudjekeewis, o oeste é morada do Urso dentro da Roda Sagrada. É representado pela cor preta que representa o por do Sol, o outono, o silêncio, o repouso, a introspecção e contemplação, a oração para conseguir a cura e transformação, os desafios da idade adulta, o contato com os espíritos ancestrais, a força e a regeneração através da Mãe Terra. A Terra é o seu elemento, procure conectar-se com ela caminhando pelo bosque com os pés descalços ao cair da tarde.


Virando para o Norte, suplicamos a Waboose a sabedoria do norte, que é o local sagrado dos ancestrais. É representada pela cor branca, que representa o branco da neve no inverno, o silêncio das montanhas, as sabedorias dos anciões, a capacidade de aprender através das experiências, a busca de novos conhecimentos, abertura de novos horizontes, libertando-se dos padrões mentais dogmáticos ou ultrapassados, aprendendo a pensar, analisar, sintentizar, compreender, organizar e lembrar. Os animais sagrados são o búfalo (representando a abundância), a coruja (a sabedoria) e a borboleta (renascimento). Seu elemento é o Ar, que nos ajuda a descobrir a sabedoria dos longínquos antepassados e a estabelecer um elo de ligação com o divino. Procure sentir o ar, imaginando-se no alto de uma montanha com ventos fortes e nuvens correndo ao seu lado, não esqueça de agradecer aos antepassados através de oração, pelo legado de conhecimento que eles deixaram para nós, os seus descendentes.

Volte-se novamente para o Leste. Você completou o círculo da Roda Sagrada. Aonde você se encontra agora, você tem a habilidade para escolher e tomar decisões dentro de sua própria vida. Você é merecedor, porque você é uma criança do universo, como todas as coisas. Olhe para baixo em direção a Mãe Terra e a chame para ajudar você a entrar em equilíbrio e harmonia com todas as coisas. Agora olhe para o Pai Céu e o chame para guiá-lo e o ajudar nesta conexão. Agora honre a direção de dentro, onde mora seu coração. Escute seu coração. Ele o guiará no seu caminho, se você escolher escutá-lo.

A partir deste ponto, você pode escolher meditar em alguma direção, dançar seus animais para achar seu poder pessoal ou reconhecer uma necessidade a ser cumprida. Este é um ponto perfeito para realizar um ritual ou uma cerimônia. No centro do círculo, todas as coisas são possíveis; nós só estamos limitados pelas limitações que nós colocamos na nossa vida.

Ao término de seu trabalho, chame as direções, no sentido anti-horário, honre-as por tudo que lhe foi dado para ajuda-lo a devolver a consciência normal. Lembre-se das lições que você aprendeu dentro da Roda Sagrada, porque elas também são verdadeiras fora da Roda, entretanto às vezes é difícil perceber isto. Você sempre está conectado com todas as coisas na Roda Sagrada. Como Águia do Coração Leve, meu mestre que me iniciou no xamanismo, disse: "A Roda Sagrada está aberta, contudo nunca quebrada. Ho!

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