Urubici - SC

História

Localizada no fértil Vale do Rio Canoas, Urubici, a Terra das Hortaliças, é o maior produtor de hortifrutigranjeiros de Santa Catarina. Também se destaca pelo cultivo de maçã, especialmente com a variedade Gala, considerada a melhor de toda a região serrana. Outro aspecto importante é o cultivo de erva-mate, produto básico do tradicional chimarrão do brasileiro, e apreciado nos países do Mercosul.

 

Por marcar a história de várias civilizações, Urubici exibe até hoje a passagem de seus primeiros habitantes. São sinais registrados em pedras há pelo menos 40 séculos, comparável às inscrições encontradas em alguns outros pontos do litoral catarinense.

Privilegiada por uma paisagem muitas vezes comparada à Europa, Urubici está situada no ponto mais elevado de Santa Catarina. Em todos os caminhos, o visitante encontra surpresas jamais vistas em outros lugares. Obras da natureza, as cascatas revelam o respeito que a população local tem por sua terra, percebido pela preservação desses locais de beleza indescritível. Um exemplo é a Cascata do Avencal, com água despencando em queda-livre a mais de 100 metros de altura.


Outro local de destaque é o Morro da Igreja, com 1.828 metros, que permite enxergar todo o Litoral Sul Catarinense. Nesse morro, chama a atenção a Pedra Furada, uma verdadeira escultura natural em forma de janela, ligando formações rochosas a exuberantes e preservadas matas nativas. Não deixe de conhecer também as inscrições rupestres dos tempos das cavernas, na Serra do Corvo Branco, Gruta Nossa Senhora de Lourdes e Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens.


Segundo historiadores, o ano de 1711 é data base pra Urubici, quando D. João V ordena que os jesuítas procurem minas e catequizem índios, até o Rio Caçadores. Com essa missão, os padres José Mascarenhas e Luiz de Albuquerque traçam marcos na região - marcos do Maranhão até Laguna, a considerada "região do ouro". O primeiro marco foi colocado no Morro Pelado (comando indígena), o segundo no Morro da Mala (onde moravam os padres) e o terceiro no Morro do Panelão (onde ficavam as tropas que carregariam o ouro). Conta-se que grande porção do ouro foi enterrada nas rochas pelos jesuítas. Os índios, na maioria tupi-guarani, foram catequizados em grupos e já eram remanescentes de outras regiões.

 

Conta-se que existem mapas em originais e cópias, mapas nunca vistos. Urubici registrava um pinheiral espantoso, um "mar de pinheiros", e em outras regiões, não em todas, alguns banhados, com sumidouros de animais e pessoas não orientadas. Alguns índios já conheciam missionários e orientavam jesuítas pelas andanças. Pe. Luiz relata que ao fincar uma grande cruz no 1º marco, ela mergulhou no pântano, mais de um metro, sem nenhuma força. Em cada marco foi plantada uma cruz jesuítica, com ramos amarrados na altura de Cristo. Nos anais do livro "12 Jesuítas" no Estado de Santa Catarina" - Biblioteca dos Jesuítas do Rio de Janeiro, além desse relatório existe o seguinte: "Os Jesuítas (que na opinião de muitos eram homens comuns com vestes de padres) levavam pessoas em cargueiros para acamparem e ficarem acampadas nas regiões por onde andavam. No planalto, acamparam doze homens com cavalos, fora os dois padres que comandavam a pesquisa. Balaios cheios de artefatos indígenas eram levados continuamente de volta à missão no Morro do Pelado de onde eram levados para o Rio. Com eles ia um bugreiro, Samuel Kupll que preparava o chão da missão e fazia o marco; Manoel Sampaio, que era cuidador de tropas; os guapos que a cavalo iam pela região, com Liro Santo, Caetano Matoso e outros." (Em 1903, imigrantes agricultores e madeireiros fixam-se na região até 1911).

 

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