Rio/Brasil -
1980
Hector
Babenco lança "Pixote - A Lei do Mais Fraco".
Carlos Diegues faz nevar no Brasil no roadmovie
"Bye, Bye Brasil". Tizuka Yamasaki estréia em
"Gaijin - Os Caminhos da Liberdade". Glauber
Rocha lança "Idade da Terra" seu último filme.
Ao mesmo tempo a pornochanchada traz o público
de volta aos cinemas em filmes como "A Noite das
Taras", de David Cardoso, que atrai boas
bilheterias.
Produção
recorde de 103 longa-metragens.
1981
"Eles Não
Usam Black-Tie", de Leon Hirszman, conquista o
Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza.
1992
Steven
Spielberg lança "E.T."
1983
Walter Lima
Jr. lança "Inocência", adaptação do clássico de
Visconde de Taunay, a partir de roteiro do
cineasta Lima Barreto, de O Cangaceiro.
1984
Murilo Salles estréia em longa-metragem como Nunca Fomos tão Felizes", vencedor do Leopardo de Bronze no Festival de Locarno, na Suíça. Eduardo
Coutinho retoma "Cabra Marcado para Morrer", filme barrado pela ditadura no início das filmagens em 1964.
1985
Marcélia
Cartaxo conquista o Urso de Prata de Melhor
Atriz no Festival de Berlim pela atuação em "A
Hora da Estrela".
1986
Fernanda
Torres divide o Prêmio de Melhor Atriz no
Festival de Cannes com Barbara Sukowa (Rosa
Luxemburgo) por "Eu Sei que Vou te Amar", de
Arnaldo Jabor. Ana Beatriz Nogueira ganha o Urso
de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim
por "Vera", de Sérgio Toledo. William Hurt
recebe o Oscar de Melhor Ator por "O Beijo da
Mulher Aranha", de Hector Babenco. O filme, que
contou com Sônia Braga no papel-título, foi
rodado no Brasil.
1989
Fernando Collor de Melo vence a eleição presidencial. No primenro dia de seu governo em 1990, extingue a Embrafilme. A produção nacional de filmes
praticamente acaba.
-
Anos 90
1991
Hector Babenco roda na Amazônia "Brincando nos Campos do Senhor", com elenco americano e brasileiro.
1993
Carlos Reichenbach
filma o autobiográfico "Alma Corsária".
1994
Sérgio Rezende
filma "Lamarca", com Paulo Betti como
protagonista.
Aprovada a Lei do
Audiovisual, sistema de financiamento baseado na
renúncia fiscal.
1995
Carla Camurati
lança "Carlota Joaquina - Princesa do Brasil". A
imprensa liga o filme à retomada do cinema
brasileiro.
1996
"O Quatrilho", de
Fábio Barreto, é indicado ao Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro.
1997
"O Que é Isso
Comanheiro?", de Bruno Barreto, é indicado ao
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Hector
Babenco concorre à Palma de Ouro de Cannes com
Coração Iluminado.
1998
É lançado "Central do Brasil", de Walter Salles. O filme recebe os prêmios de melhor filme e melhor atriz -
Fernanda Montenegro - do Festival de Berlim, é indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Atriz, recebendo ainda mais de 40
prêmios em outros Festivais.
1998
"Titanic" de James
Cameron alcança a maior bilheteria do cinema com
16.374.377 pagantes só no Brasil.
-
Século 21
2000
O cinema brasileiro retorna depois de
11 anos à mostra competitiva do Festival de Cannes com o
longa Estorvo, de Ruy Guerra, baseado no romance de Chico
Buarque, e o curta Três Minutos, de Ana Luíza Azevedo. Eu,
Tu, Eles, de Andrucha Waddington, é bem recebido pela
crítica internacional na mostra paralela Un Certain Regard.
Mesmo exibido de modo restrito no país, com apenas quatro
cópias, Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi, causa
polêmica pelo retrato que faz do Brasil. Castelo Rá-Tim-Bum
– O Filme, de Cao Hamburger, é uma adaptação bem-sucedida do
programa infantil da TV Cultura. Reunidos no 3º Congresso
Brasileiro de Cinema, o primeiro realizado desde 1953,
profissionais de diversas áreas assinam a Carta de Porto
Alegre, documento que resume as dificuldades da produção
nacional e propõe soluções ao governo e à iniciativa
privada.
2001
Com o filme “Bicho de Sete Cabeças”, da
estreante Laís Bodanzky, o ator Rodrigo Santoro arrebata os
principais prêmios de melhor ator dos festivais de cinema do
país. A comissão nomeada pelo governo para escolher a
produção brasileira que tentará a indicação ao Oscar de
melhor filme estrangeiro indica “Abril Despedaçado”, de
Walter Salles Jr. Por meio de medida provisória, o
presidente Fernando Henrique Cardoso cria a Agência Nacional
do Cinema (Ancine), órgão de fomento, regulação e
fiscalização da indústria cinematográfica e
videofonográfica, dotado de autonomia administrativa e
financeira e vinculado diretamente à Presidência da
República. A autonomia da agência é possibilitada pelos
recursos obtidos com a Contribuição para o Desenvolvimento
da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), em duas
modalidades de recolhimento: por título e percentual de
bilheteria.
2002
O cineasta Gustavo Dahl é empossado
como diretor-presidente da Ancine. A agência esvazia as
atribuições do Ministério da Cultura na área do audiovisual
ao assumir, entre outras atividades, o registro e
conseqüente taxação de todos os filmes e vídeos produzidos
ou lançados no Brasil, bem como a manutenção do acervo que
registra a história do cinema no país. Estima-se que os
recursos da Ancine alcancem 80 milhões de reais, superior à
média movimentada pelas leis Rouanet e do Audiovisual (cerca
de 65 milhões de reais). “Abril Despedaçado” é indicado para
o Globo de Ouro, vencido por “Terra de Ninguém”, do bósnio
Denis Tanovic, mas não é selecionado entre os cinco
candidatos ao Oscar de filme estrangeiro. “Cidade de Deus”,
de Fernando Meirelles, baseado em romance de Paulo Lins,
participa fora de concurso da seleção oficial do Festival de
Cannes, impressiona a crítica internacional e dá início a
uma bem-sucedida carreira, com público superior a 3 milhões
de espectadores no Brasil e direitos de distribuição
vendidos para 62 países. O outro grande filme de ficção
lançado no ano é “O Invasor”, de Beto Brant, prêmio de
melhor filme latino-americano no Sundance Festival. O
destaque do ano, no entanto, vem dos documentários, com
“Edifício Máster”, de Eduardo Coutinho; “Ônibus 174”, de
José Padilha; “Janela da Alma”, de João Jardim e Walter
Carvalho; e “Rocha Que Voa”, de Eryk Rocha. Outro
documentário, “Surf Adventures”, de Arthur Fontes, rompe
barreira histórica para o gênero e tem 500 mil espectadores.
2003
O ano é de grande sucesso para o cinema
nacional, que registra aumento brutal de público – cerca de
220% – em comparação com 2002. Parte desse sucesso deve-se à
estréia de “Casseta e Planeta – A Taça do Mundo É Nossa” e
duas adaptações de programas da TV Globo: “Os Normais – O
Filme” e “Lisbela e O Prisioneiro”, de Guel Arraes.
“Carandiru”, de Hector Babenco, é uma das principais
estréias de 2003 e ganha reconhecimento tanto de público
quanto da crítica. O filme participa da seleção oficial do
Festival de Cannes, ganha o prêmio de melhor filme no
Festival de Havana e é o escolhido para representar o Brasil
na indicação ao Oscar de filme estrangeiro de 2004. “Cidade
de Deus”, de Fernando Meirelles, é reconhecido
internacionalmente e ganha o prêmio de melhor filme
estrangeiro de 2003, concedido pela Associação de Críticos
de Nova York. Outras produções de destaque são: “Amarelo
Manga”, de Cláudio Assis; O Homem que Copiava, de Jorge
Furtado; Deus É Brasileiro, de Cacá Diegues; e “De
Passagem”, de Ricardo Elias, vencedor do Festival de
Gramado. Glauber o Filme, “Labirinto do Brasil”, de Sílvio
Tendler, recebe os prêmios da crítica e do júri popular no
Festival de Brasília. No mesmo festival, “Filme de Amor”, de
Júlio Bressane, é o vencedor do troféu Candango de melhor
filme. A edição de 2003 é considerada histórica, por
selecionar obras experimentais e autorais.
O anúncio de novos critérios para o
patrocínio de projetos culturais, adotados pelas empresas
estatais Eletrobrás e Furnas Centrais Elétricas, causam
protestos de parte da classe cinematográfica, liderados pelo
cineasta Cacá Diegues. Os novos critérios incluíam medidas
de contrapartida social, vistas como dirigismo por esses
artistas. O fato leva o Ministério da Cultura a concentrar
as discussões sobre o patrocínio cultural de empresas
estatais, o que antes era atribuição do Ministério das
Comunicações.
2004
“Diários de Motocicleta”, de Walter
Salles, investe na biografia de juventude de Che Guevara e
torna-se a grande aposta brasileira para prêmios
internacionais. Os dois grandes campeões de público,
ultrapassando a barreira dos 3 milhões de espectadores, são
“Cazuza – O Tempo Não Pára”, de Sandra Werneck e Walter
Carvalho, e “Olga”, de Jayme Monjardim. Outras produções
significativas são: “Narradores de Javé”, de Eliane Caffé;
“Benjamim”, de Monique Gardenberg; “De Passagem”, de Ricardo
Elias; “O Outro Lado da Rua”, de Marcos Bernstein; “Filme de
Amor”, de Júlio Bressane; “Querido Estranho”, de Ricardo
Pinto e Silva; “Redentor”, de Claudio Torres; “Contra
Todos”, de Roberto Moreira. Entre os documentários,
destacam-se “Motoboys – Vida Louca”, de Caíto Ortiz, e duas
produções que enfocam aspectos da trajetória do presidente
Lula: “Peões”, de Eduardo Coutinho, trata de personagens
desconhecidos que participaram das greves no ABC paulista,
na época em que Lula era sindicalista; “Entreatos”, de João
Moreira Salles, retrata os bastidores da campanha para a
Presidência em 2002.
O governo brasileiro dá início às
discussões para a criação da Agência Nacional de Cinema e
Audiovisual (Ancinav), órgão do Ministério da Cultura que
regulamentaria a produção cinematográfica e televisiva
brasileira. Esse projeto de lei é duramente criticado pelas
distribuidoras, que temem uma política protecionista, e os
que suspeitam de controle ideológico.
2009
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro é
um filme policial brasileiro de 2010, dirigido por José Padilha,que também
escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani, e estrelado por Wagner Moura.
2010
Ano: 2010
Ciência
Cinema
Desastres
Desporto
Eleições
Jogos eletrônicos
Literatura
Música
Política
Religião
Televisão
Mortes
O ano de 2010 foi marcado pelo lançamento de novos filmes, assim como sequências e remakes de filmes ou livros, como Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, Toy Story 3, Homem de Ferro 2, Alice no País das Maravilhas, A Origem, Shrek para Sempre, A Saga Crepúsculo: Eclipse e As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada entre outros. 2010 marcou também um grande número de filmes lançados no formato 3D. Este também é o ano em que se passa a história de 2010: O Ano em que Faremos Contato de 1984 sucessor de 2001: Uma Odisseia no Espaço.
2013
O cinema brasileiro bateu recorde em 2013, com mais de 127 longa-metragens
que chegaram às telas, 9 dos quais fizeram mais de 1 milhão de espectadores,
enquanto 88 foram visto por menos de 10 mil pessoas, de acordo com informações
divulgadas pela Agência Nacional do Cinema. Os números marcam aquele que é o
melhor ano da indústria audiovisual nacional desde o início dos anos 1980.
Antes, os anos mais fortes para a produção brasileira, em bilheteria, haviam
sido 2010, quando os longas nacionais venderam 25,687 milhões de ingressos, e
2003, com 22,055 milhões de ingressos vendidos. Em número de lançamentos, os
melhores anos, depois de 2013, foram 2011, com 99 títulos, e 2009, com 84. O
salto visto este ano prova que a indústria nacional está se consolidando. A
arrecadação também obteve um crescimento significativo ao superar a cifra de R$
270 milhões, quase o triplo do arrecadado em 2012, quando houve um retorno de R$
157 milhões. A maior parte do faturamento derivou de comédias como Minha Mãe é
uma Peça e De Pernas pro Ar 2, enquanto dramas como Serra Pelada, Flores Raras e O Segredo dos Diamantes faturavam abaixo do esperado ou encontravam problemas para serem distribuídas. Acerca dessas comédias, o crítico da Folha de S.Paulo Inácio Araujo afirma que "o cinema brasileiro continua a buscar seu público. E a referência desse público amplo, hoje, é a estética dos programas da Globo ou os blockbusters americanos. Esses últimos não podemos imitar. Então o cinema imita, no que pode, a Globo. São essas comédias idiotas, com atores que se esforçam para imitar atores de teatro colegial, aquela luz esbranquiçada. O público responde bem a isso. Que dizer? Não é o cinema brasileiro que está doente. É o cinema.
2016
Os Dez Mandamentos é um
filme épico brasileiro de 2016, lançado pela Record Filmes em parceria com
a Paris Filmes. O filme é uma adaptação da novela homônima apresentada
pela RecordTV em 2015, obtendo cenas inéditas e desdobramentos distintos dos que
foram exibidos em seu último capítulo na televisão.
2018
Nada a Perder: Contra Tudo. Por Todos. é um filme
biográfico brasileiro de drama sobre a trajetória do bispo evangélico, escritor
e empresário Edir Macedo. Foi dirigido por Alexandre Avancini e roteirizado por
Stephen P. Lindsay e Emílio Boechat.
Os vinte melhores filmes nacionais de todos os tempos
01
O Quatrilho (1995), de
Fábio Barreto
02
Central do Brasil (1998),
de Walter Salles
03
O Auto da Compadecida
(2000), de Guel Arraes
04
Abril Despedaçado
(2001), de Walter Salles
05
Lavoura Arcaica
(2001), de Luiz Fernando Carvalho
06
Cidade de Deus
(2002), de Fernando Meirelles
07
O Homem do Ano
(2003), de José Henrique Fonseca
08
Casa de Areia
(2005), de Andrucha Waddington
09
Cidade Baixa
(2005), de Sérgio Machado
10
Tropa de Elite
(2007), de José Padilha
11
12
13
Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos (2010) de Caca Diegues
14
O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho
15
Elena (2012), de Petra Costa
16
Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda
17
Serra Pelada (2013), de Heitor Dhalia
18
O que se Move (2013), de Caetano Godarto
19
SOS Mulheres ao Mar (2014), de Cris D'Amato
20
Os Homens são de Marte e é pra lá que eu vou (2014), de Marcus Baldini
Os 19
melhores filmes nacionais de maior público
01
. "Dona Flor e Seus Dois
Maridos"
1976
10,7 milhões
02
. "A Dama do Lotação"
1978
6,5 milhões
03
. "Os Trapalhões nas Minas do
Rei Salomão"
1977
5,7 milhões
04
. "Lúcio Flávio, o Passageiro
da Agonia"
1977
5,4 milhões
05
. "Os Saltimbancos Trapalhões"
1981
5,2 milhões
06
. "Os Trapalhões na Guerra dos
Planetas"
1978
5,0 milhões
07
. "Os Trapalhões na Serra Pelada"
1982
5,0 milhões
08
. "O Cinderelo Trapalhão"
1982
5,0 milhões
09
. "O Casamento dos Trapalhões"
1988
4,7 milhões
10
. "Os Vagabundos Trapalhos"
1988
5,2 milhões
11
. "2 Filhos de Francisco"
2005
5,3 milhões
12
. "Se eu Fosse
Você 2"
2009
6,1 milhões
13
. "Tropa de
Elite 2"
2010
10,7 milhões
14
. "De Pernas pro Ar 2"
2012
10,9 milhões
15
. "Gonzaga: De Pai para Filho"
2012
14,6 milhões
16
. "Os Penetras"
2012
22,3 milhões
17
. "Até que a Sorte nos Separe"
2012
33,8 milhões
18
. "Minha Mãe é uma Peça"
2013
49,5 milhões
19
. "Meu Passado Me Condena"
2013
34,4 milhões
20
. "Os Dez Mandamentos"
2016
11,3 milhões
21
. "Nada a Perder"
2018
11,9 milhões
1980 |
|
||
|
|||
1981 |
|
||
1992 |
|
||
1983 |
|
||
1984 |
|
||
1985 |
|
||
1986 |
|
||
1989 |
|
||
|
Anos 90
1991 |
|
||
1993 |
|
||
1994 |
|
||
|
|||
1995 |
|
||
1996 |
|
||
1997 |
|
||
1998 |
|
||
1998 |
|
||
|
Século 21
2000 |
O cinema brasileiro retorna depois de 11 anos à mostra competitiva do Festival de Cannes com o longa Estorvo, de Ruy Guerra, baseado no romance de Chico Buarque, e o curta Três Minutos, de Ana Luíza Azevedo. Eu, Tu, Eles, de Andrucha Waddington, é bem recebido pela crítica internacional na mostra paralela Un Certain Regard. Mesmo exibido de modo restrito no país, com apenas quatro cópias, Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi, causa polêmica pelo retrato que faz do Brasil. Castelo Rá-Tim-Bum – O Filme, de Cao Hamburger, é uma adaptação bem-sucedida do programa infantil da TV Cultura. Reunidos no 3º Congresso Brasileiro de Cinema, o primeiro realizado desde 1953, profissionais de diversas áreas assinam a Carta de Porto Alegre, documento que resume as dificuldades da produção nacional e propõe soluções ao governo e à iniciativa privada.
|
2001 |
Com o filme “Bicho de Sete Cabeças”, da estreante Laís Bodanzky, o ator Rodrigo Santoro arrebata os principais prêmios de melhor ator dos festivais de cinema do país. A comissão nomeada pelo governo para escolher a produção brasileira que tentará a indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro indica “Abril Despedaçado”, de Walter Salles Jr. Por meio de medida provisória, o presidente Fernando Henrique Cardoso cria a Agência Nacional do Cinema (Ancine), órgão de fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica, dotado de autonomia administrativa e financeira e vinculado diretamente à Presidência da República. A autonomia da agência é possibilitada pelos recursos obtidos com a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), em duas modalidades de recolhimento: por título e percentual de bilheteria.
|
2002 |
O cineasta Gustavo Dahl é empossado como diretor-presidente da Ancine. A agência esvazia as atribuições do Ministério da Cultura na área do audiovisual ao assumir, entre outras atividades, o registro e conseqüente taxação de todos os filmes e vídeos produzidos ou lançados no Brasil, bem como a manutenção do acervo que registra a história do cinema no país. Estima-se que os recursos da Ancine alcancem 80 milhões de reais, superior à média movimentada pelas leis Rouanet e do Audiovisual (cerca de 65 milhões de reais). “Abril Despedaçado” é indicado para o Globo de Ouro, vencido por “Terra de Ninguém”, do bósnio Denis Tanovic, mas não é selecionado entre os cinco candidatos ao Oscar de filme estrangeiro. “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, baseado em romance de Paulo Lins, participa fora de concurso da seleção oficial do Festival de Cannes, impressiona a crítica internacional e dá início a uma bem-sucedida carreira, com público superior a 3 milhões de espectadores no Brasil e direitos de distribuição vendidos para 62 países. O outro grande filme de ficção lançado no ano é “O Invasor”, de Beto Brant, prêmio de melhor filme latino-americano no Sundance Festival. O destaque do ano, no entanto, vem dos documentários, com “Edifício Máster”, de Eduardo Coutinho; “Ônibus 174”, de José Padilha; “Janela da Alma”, de João Jardim e Walter Carvalho; e “Rocha Que Voa”, de Eryk Rocha. Outro documentário, “Surf Adventures”, de Arthur Fontes, rompe barreira histórica para o gênero e tem 500 mil espectadores.
|
2003 |
O ano é de grande sucesso para o cinema nacional, que registra aumento brutal de público – cerca de 220% – em comparação com 2002. Parte desse sucesso deve-se à estréia de “Casseta e Planeta – A Taça do Mundo É Nossa” e duas adaptações de programas da TV Globo: “Os Normais – O Filme” e “Lisbela e O Prisioneiro”, de Guel Arraes. “Carandiru”, de Hector Babenco, é uma das principais estréias de 2003 e ganha reconhecimento tanto de público quanto da crítica. O filme participa da seleção oficial do Festival de Cannes, ganha o prêmio de melhor filme no Festival de Havana e é o escolhido para representar o Brasil na indicação ao Oscar de filme estrangeiro de 2004. “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, é reconhecido internacionalmente e ganha o prêmio de melhor filme estrangeiro de 2003, concedido pela Associação de Críticos de Nova York. Outras produções de destaque são: “Amarelo Manga”, de Cláudio Assis; O Homem que Copiava, de Jorge Furtado; Deus É Brasileiro, de Cacá Diegues; e “De Passagem”, de Ricardo Elias, vencedor do Festival de Gramado. Glauber o Filme, “Labirinto do Brasil”, de Sílvio Tendler, recebe os prêmios da crítica e do júri popular no Festival de Brasília. No mesmo festival, “Filme de Amor”, de Júlio Bressane, é o vencedor do troféu Candango de melhor filme. A edição de 2003 é considerada histórica, por selecionar obras experimentais e autorais.
|
O anúncio de novos critérios para o patrocínio de projetos culturais, adotados pelas empresas estatais Eletrobrás e Furnas Centrais Elétricas, causam protestos de parte da classe cinematográfica, liderados pelo cineasta Cacá Diegues. Os novos critérios incluíam medidas de contrapartida social, vistas como dirigismo por esses artistas. O fato leva o Ministério da Cultura a concentrar as discussões sobre o patrocínio cultural de empresas estatais, o que antes era atribuição do Ministério das Comunicações.
|
|
2004 |
“Diários de Motocicleta”, de Walter Salles, investe na biografia de juventude de Che Guevara e torna-se a grande aposta brasileira para prêmios internacionais. Os dois grandes campeões de público, ultrapassando a barreira dos 3 milhões de espectadores, são “Cazuza – O Tempo Não Pára”, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, e “Olga”, de Jayme Monjardim. Outras produções significativas são: “Narradores de Javé”, de Eliane Caffé; “Benjamim”, de Monique Gardenberg; “De Passagem”, de Ricardo Elias; “O Outro Lado da Rua”, de Marcos Bernstein; “Filme de Amor”, de Júlio Bressane; “Querido Estranho”, de Ricardo Pinto e Silva; “Redentor”, de Claudio Torres; “Contra Todos”, de Roberto Moreira. Entre os documentários, destacam-se “Motoboys – Vida Louca”, de Caíto Ortiz, e duas produções que enfocam aspectos da trajetória do presidente Lula: “Peões”, de Eduardo Coutinho, trata de personagens desconhecidos que participaram das greves no ABC paulista, na época em que Lula era sindicalista; “Entreatos”, de João Moreira Salles, retrata os bastidores da campanha para a Presidência em 2002.
|
O governo brasileiro dá início às discussões para a criação da Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav), órgão do Ministério da Cultura que regulamentaria a produção cinematográfica e televisiva brasileira. Esse projeto de lei é duramente criticado pelas distribuidoras, que temem uma política protecionista, e os que suspeitam de controle ideológico.
|
2009 |
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro é um filme policial brasileiro de 2010, dirigido por José Padilha,que também escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani, e estrelado por Wagner Moura.
|
2010 |
Ano: 2010 Ciência Cinema Desastres Desporto Eleições Jogos eletrônicos Literatura Música Política Religião Televisão Mortes O ano de 2010 foi marcado pelo lançamento de novos filmes, assim como sequências e remakes de filmes ou livros, como Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, Toy Story 3, Homem de Ferro 2, Alice no País das Maravilhas, A Origem, Shrek para Sempre, A Saga Crepúsculo: Eclipse e As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada entre outros. 2010 marcou também um grande número de filmes lançados no formato 3D. Este também é o ano em que se passa a história de 2010: O Ano em que Faremos Contato de 1984 sucessor de 2001: Uma Odisseia no Espaço.
|
2013 |
O cinema brasileiro bateu recorde em 2013, com mais de 127 longa-metragens que chegaram às telas, 9 dos quais fizeram mais de 1 milhão de espectadores, enquanto 88 foram visto por menos de 10 mil pessoas, de acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional do Cinema. Os números marcam aquele que é o melhor ano da indústria audiovisual nacional desde o início dos anos 1980. Antes, os anos mais fortes para a produção brasileira, em bilheteria, haviam sido 2010, quando os longas nacionais venderam 25,687 milhões de ingressos, e 2003, com 22,055 milhões de ingressos vendidos. Em número de lançamentos, os melhores anos, depois de 2013, foram 2011, com 99 títulos, e 2009, com 84. O salto visto este ano prova que a indústria nacional está se consolidando. A arrecadação também obteve um crescimento significativo ao superar a cifra de R$ 270 milhões, quase o triplo do arrecadado em 2012, quando houve um retorno de R$ 157 milhões. A maior parte do faturamento derivou de comédias como Minha Mãe é uma Peça e De Pernas pro Ar 2, enquanto dramas como Serra Pelada, Flores Raras e O Segredo dos Diamantes faturavam abaixo do esperado ou encontravam problemas para serem distribuídas. Acerca dessas comédias, o crítico da Folha de S.Paulo Inácio Araujo afirma que "o cinema brasileiro continua a buscar seu público. E a referência desse público amplo, hoje, é a estética dos programas da Globo ou os blockbusters americanos. Esses últimos não podemos imitar. Então o cinema imita, no que pode, a Globo. São essas comédias idiotas, com atores que se esforçam para imitar atores de teatro colegial, aquela luz esbranquiçada. O público responde bem a isso. Que dizer? Não é o cinema brasileiro que está doente. É o cinema.
|
2016 |
Os Dez Mandamentos é um filme épico brasileiro de 2016, lançado pela Record Filmes em parceria com a Paris Filmes. O filme é uma adaptação da novela homônima apresentada pela RecordTV em 2015, obtendo cenas inéditas e desdobramentos distintos dos que foram exibidos em seu último capítulo na televisão.
|
2018 |
Nada a Perder: Contra Tudo. Por Todos. é um filme biográfico brasileiro de drama sobre a trajetória do bispo evangélico, escritor e empresário Edir Macedo. Foi dirigido por Alexandre Avancini e roteirizado por Stephen P. Lindsay e Emílio Boechat. |
|
Os vinte melhores filmes nacionais de todos os tempos
01 |
O Quatrilho (1995), de Fábio Barreto |
||
02 |
Central do Brasil (1998), de Walter Salles |
||
03 |
O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes |
||
04 |
Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles |
||
05 |
Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho |
||
06 |
Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles |
||
07 |
O Homem do Ano (2003), de José Henrique Fonseca |
||
08 |
Casa de Areia (2005), de Andrucha Waddington |
||
09 |
Cidade Baixa (2005), de Sérgio Machado |
||
10 |
Tropa de Elite (2007), de José Padilha |
||
11 |
|||
12 |
|||
13 |
Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos (2010) de Caca Diegues |
||
14 | O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho | ||
15 | Elena (2012), de Petra Costa | ||
16 | Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda | ||
17 | Serra Pelada (2013), de Heitor Dhalia | ||
18 | O que se Move (2013), de Caetano Godarto | ||
19 | SOS Mulheres ao Mar (2014), de Cris D'Amato | ||
20 | Os Homens são de Marte e é pra lá que eu vou (2014), de Marcus Baldini | ||
|
Os 19 melhores filmes nacionais de maior público
01 |
. "Dona Flor e Seus Dois Maridos" |
1976 |
10,7 milhões |
02 |
. "A Dama do Lotação" |
1978 |
6,5 milhões |
03 |
. "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão" |
1977 |
5,7 milhões |
04 |
. "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" |
1977 |
5,4 milhões |
05 |
. "Os Saltimbancos Trapalhões" |
1981 |
5,2 milhões |
06 |
. "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" |
1978 |
5,0 milhões |
07 |
. "Os Trapalhões na Serra Pelada" |
1982 |
5,0 milhões |
08 |
. "O Cinderelo Trapalhão" |
1982 |
5,0 milhões |
09 |
. "O Casamento dos Trapalhões" |
1988 |
4,7 milhões |
10 |
. "Os Vagabundos Trapalhos" |
1988 |
5,2 milhões |
11 |
. "2 Filhos de Francisco" |
2005 |
5,3 milhões |
12 |
. "Se eu Fosse Você 2" |
2009 |
6,1 milhões |
13 |
. "Tropa de Elite 2" |
2010 |
10,7 milhões |
14 |
. "De Pernas pro Ar 2" |
2012 |
10,9 milhões |
15 |
. "Gonzaga: De Pai para Filho" |
2012 |
14,6 milhões |
16 |
. "Os Penetras" |
2012 |
22,3 milhões |
17 |
. "Até que a Sorte nos Separe" |
2012 |
33,8 milhões |
18 |
. "Minha Mãe é uma Peça" |
2013 |
49,5 milhões |
19 |
. "Meu Passado Me Condena" |
2013 |
34,4 milhões |
20 |
. "Os Dez Mandamentos" |
2016 |
11,3 milhões |
21 |
. "Nada a Perder" |
2018 |
11,9 milhões |
|