A morfina é a mais conhecida das várias substâncias existentes no pó de ópio. A palavra morfina vem do deus da mitologia grega Morfeu, deus dos sonhos. Foi i solada em 1806, sendo uma das mais potentes drogas analgésicas. Após a constatação das desastrosas conseqüências do seu largo emprego, a morfina foi relegada a um plano secundário em medicina. Os mecanismos de fiscalização sobre a sua produção e comercialização são severos. Só está disponível em soluções injetáveis e comprimidos e seu uso é restrito a algumas situações médicas onde se impõe o uso de um analgésico potente (como cânceres, queimaduras extensas, grandes traumatismos). O mercado clandestino é restrito, quase insignificante.
Os efeitos agudos (ou seja, quando ocorrem apenas algumas horas após o uso) da morfina são semelhantes aos do ópio, mas mais potentes. Tolerância e dependência também se instalam rapidamente. O dependente de morfina vive em um estado de torpor* e insensibilidade.
Injetada, provoca torpor e uma sensação de euforia. Sua overdose leva à
morte por parada respiratória.
A síndrome de abstinência é muito grave, acompanhada de intensa angústia,
tremores, diarréia, suores e câimbras. A hospitalização é sempre uma imposição
nos tratamentos de desintoxicação. A droga nunca é retirada bruscamente, havendo
necessidade de se estabelecer um programa de retirada progressiva da droga ou
sua substituição por derivados sintéticos mais seguros.