A raposa e as uvas
Certa raposa astuta, normanda ou gascã,
Quase morta de fome, sem eira nem beira,
Andando à caça, de manhã,
Passou por uma alta parreira,
Carregada de cachos de uvas bem maduras.
Altas demais – não houve impasse:
“Estão verdes… já vi que são azedas, duras…”
Adiantaria se chorasse?
(La Fontaine. Fábulas, 1992, p. 211).