Era uma vez… uma múmia que gostava de pescar. Ela foi encontrada no Egito e levada para uma cidade da América do Sul, num museu que ficava perto de um rio, que era ótimo para pescar.

Então toda noite depois que o museu fechava, a dona Múmia pegava artigos antigos de pescaria, que tinha lá no museu também, e saia para pescar.

Sempre pescava muitos peixes, mas sempre os devolvia para a água. Pois somente lhe interessava o prazer de pescar, comer não lhe era mais necessário.

Certa noite, sentada à beira do rio, dona Múmia quando foi lançar a linha com o anzol, no movimento de jogar para trás a linha e dar mais impulso para frente, o anzol enroscou num pedaço de suas faixas.

E como ela era forte, a faixa rasgou, e sendo puxada pelo anzol, chegou até a água.

Quando tudo aquilo que tinha acontecido em segundos, acalmou, dona Múmia teve que se segurar, pois, estava tonta depois de girar muitas vezes.

Percebeu então, que parte de suas costas e seu peito estavam sem nenhuma faixa. Sentiu-se nua, apesar de dar para ver através dela.
(Embaixo das faixas, já não tinha mais nada, porque a idade da dona Múmia era bastante avançada).

Devagarzinho ela foi puxando a linha para pegar a ponta de sua faixa.

Depois de algum tempo conseguiu desfazer os nós, e se enrolar novamente.

De repente percebeu que aquela parte que havia caído na água estava muito mais bonita que o resto do seu corpo, estava mais branca, ahá…, estava mais limpa.

Resolveu estão, depois de tantos séculos, ou melhor, milênios, tomar um belo banho ali mesmo no rio.

Ficou linda, toda limpa. E o melhor é que ela gostou muito.

No outro dia foi o maior alvoroço dentro do museu, todo mundo queria descobrir o que tinha acontecido com tão importante peça da história da humanidade.

A dona Múmia ria de todo mundo, porque ninguém descobriria o que tinha acontecido.

E ela estava se sentindo muito melhor agora que estava limpinha. E não ia esperar “tanto” tempo mais para o próximo banho.

Sempre que for pescar, ela vai se banhar.

 Rita Vaz