Imaginação infantil…
Já imaginou-se criança? Não qualquer, mas sim aquela de inúmeros contos, onde tudo pode, com direito a castelos, gigantes, animais falantes, etc.
Sente por um momento no sofá, jornais ao lixo, gravatas ao longe, agora tudo pode…
No meu caso, vou através de um olhar, a pupila observada vai aumentando e o contato sem toque é físico, não me pergunte como, mas a uma criança, ela saberá…
Entrei numa imaginação alheia, encontrei uma pequena, logo que me viu, correu.
Um pouco a frente uma árvore tinha em seus galhos toda a sua imaginação, tudo o que queria; humilde, ofereci ajuda para que ela subisse, a resposta um não orgulhoso, ai de mim se naquela árvore encostasse, era dela.
Criança decidida, mandou-me afastar, eu contrariar? Nem no meu sonho estou! Me escondi atrás de uma pedra, passei a observar a tal pequenina a árvore escalar.
Num determinado momento, uma onça apareceu e junto começou a subir, fui defendê-la na maior das boas intenções, recebi um indicador de pouco mais de um ano em meu nariz, a onça era sua amiga. As duas, passaram a assistir de cima da árvore, um show de fantoches com capitães, navio e baleia, para minha surpresa, surgiu uma onda, o mar nivelava aos pés da criança na árvore, enquanto eu, com a força do mar me via pressionado contra a pedra. Após alguns arranhões, passei a boiar, sem explicações recebi um equipamento de mergulho e virei também um fantoche controlado conforme o desejo da menina, risos em todos os lados, olhei para a árvore e uma mulher cochichava ao ouvido da menina (não era uma onça?), Sinto que isso tem a ver com os tubarões que passaram a me cercar, nadei rápido à árvore, supliquei à menina um canto, mas a outra, a convencia a não deixar. Sim, a outra, aquele olhar, o início, me fez acordar, coincidência ou não, minha mulher no sofá junto à minha filha, bravas por eu não ter saído com elas no fim de semana…
Essas crianças imaginam cada coisa…