O que é AIDS?

AIDS é a sigla da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, provocada por uma vírus chamado HIV.

O HIV pode contaminar indivíduos que se envolvem em situações de risco sem proteção. Essas situações estão muito bem definidas e caracterizadas, sendo, portanto, facilmente evitáveis.

Em casos de AIDS, manifestam-se diversas doenças, porque o sistema de defesa do organismo humano fica desorganizado pela ação do HIV.

Como o HIV pode ser transmitido?

Através de três maneiras muito bem definidas e caracterizadas:

  1. - Contato com esperma e secreção vaginal (líquidos que estão presentes no corpo do homem e da mulher no momento da transa) contaminados, em práticas sexuais com penetração sem o uso da camisinha;
  2. - Contato com sangue contaminado, seja através de transfusões, seja através do compartilhamento de agulhas e seringas, principalmente entre usuários de drogas injetáveis;
  3. - Da mãe para criança durante a gestação, parto e aleitamento.

Como pode ser evitada a transmissão pelo HIV?

  1. - No caso de prática sexual com penetração, seja anal, vaginal ou oral, use sempre camisinha de forma correta. Sabendo usar o preservativo você diminui sensivelmente a possibilidade de rompimento;
  2. - Pratique sempre sexo mais seguro, que são formas de transar através das quais você não entra em contato com esperma, secreção vaginal ou sangue;
  3. - Exija sangue previamente testado nas transfusões, seja em hospitais públicos ou privados;
  4. - Dê preferência a agulhas e seringas descartáveis, nessa impossibilidade, as esterilize no calor ou com água sanitária, principalmente no uso de drogas injetáveis.

Lembre-se:

  • Não há nenhum risco de se contrair o HIV nos contatos de convívio familiar, social ou profissional. Por isso, não tenha receio de conviver com alguém que tenha HIV ou AIDS.
  • Faça sempre uso de sexo mais seguro nas suas transas. Assim, você continua sentindo prazer e elimina o risco de contaminação pelo vírus da AIDS.
  • Seja criativo, não deixe de sentir prazer por medo do vírus. Se não houver camisinha, invente outra forma de transar. Negocie com o seu parceiro (a) uma outra maneira de ser feliz no sexo, sem riscos.

Como usar a camisinha

Hoje, a camisinha tem uma importância muito grande na hora de transar. Ela tem seu momento e seu lugar. O tesão pelo seu parceiro(a) pode ser muito grande e, por isso, é preciso que a camisinha esteja sempre à Mão. Agora ela faz parte do jogo amoroso, sendo importante saber usá-la de maneira segura.

  • Não abra a embalagem de qualquer jeito. Você pode rasgar a camisinha. Abra-a apenas de um lado, de uma extremidade a outra.
  • Muitos acham que a camisinha diminui a sensibilidade enquanto fazem amor. Não deixe de usá-la por isso. Faça o seguinte: ponha apenas uma gota de lubrificante à base de água dentro do biquinho da camisinha. Isso dará ao pênis uma sensação de umidade natural, garantindo o seu prazer e o de seu parceiro.
  • Quando o pênis estiver duro, coloque a camisinha na cabeça dele. Retire o ar da extremidade da camisinha pressionando a ponta com os dedos. Isto dará espaço para o esperma depois que você gozar. Não é preciso torcer o biquinho para tirar o ar.
  • Desenrole a camisinha até a base do pênis, deixando-a ainda um pouco enrolada para pressionar e mantê-la segura. Se você tiver fimose, rebaixe o prepúcio antes de desenrolar a camisinha.
  • Caso você ache que a lubrificação que já vem na camisinha seja pouca, passe mais lubrificante à base de água depois de desenrolá-la. Não lubrifique o pênis antes de vestir a camisinha.
  • Depois de gozar, retire o pênis, ainda duro, do ânus de seu parceiro, segurando-o pela base para que a camisinha não fique dentro dele. Retire a camisinha de seu pênis antes que ele amoleça e tomando cuidado para não derramar o esperma. Depois de retirada, dê um nó e jogue-a no cesto de lixo. A camisinha não deve ser reaproveitada.

Confira essas dicas e não vacile. Faça a cabeça com elas.

  • No caso de fazer lavagens do interior do ânus ou vagina, nunca utilize água sanitária ou álcool. Eles são nocivos às mucosas internas do corpo humano.
  • Evite também o uso de sabões, detergentes ou cremes nas lavagens ou duchas retais/vaginais. Esses produtos irritam e fragilizam a mucosa anal e a vaginal, deixando de ser uma proteção. Use apenas água limpa.
  • Evite fazer lavagens ou duchas imediatamente antes de uma relação sexual. Elas tornam as mucosas mais frágil e podem favorecer a passagem do vírus para a corrente sangüínea.
  • Não se esqueça: lavagem freqüente diminui a flora e a proteção natural de seu intestino ou, no caso da mulher, de sua vagina.
  • Não faça uso de lubrificantes à base de óleo (vaselina, cremes, manteiga...) para aumentar a lubrificação da camisinha. Esse tipo de lubrificante superaquece e corrói o látex. É muito frustrante ter que interromper a transa para trocar a camisinha, não?
  • Evite ainda usar saliva ou esperma como lubrificantes.
  • Utilize apenas lubrificantes solúveis em água: K-Y ou Preserv-gel. Ao contrário dos outros, estes dão a sensação de umidade e não comprometem a qualidade da camisinha.
  • Por medida de segurança, evite o contato de mucosas com feridas do corpo do parceiro. Elas podem transmitir outras doenças.
  • Lave-se sempre antes e após qualquer transa. É uma forma de demonstrar carinho e respeito por seu corpo e pelo de seu parceiro.

Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

Elas são provocadas por vários tipos de micróbios que se transmitem de uma pessoa a outra, principalmente nas relações sexuais.

As DST podem ser transmitidas:

  • Nas relações sexuais: anal, vaginal e oral
  • Ao compartilhar agulhas e seringas, no uso de drogas injetáveis
  • Da mãe para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação
  • Quando se recebe transfusão de sangue contaminado

As DTS mais importantes são:

  • Sífilis
  • Gonorréia
  • Uretrite não Gonocóica (Gota Matinal)
  • Cancro Mole
  • Herpes Genital
  • Condiloma Acuminado (Crista de Galo)
  • Tricomaníase
  • Linfogranuloma Venéreo (Mula)
  • Hepatite B
  • AIDS

Como se proteger

  • Use camisinha em todas as relações sexuais. (Saiba como usa-la corretamente)
  • Só utilize agulhas e seringas descartáveis ou desinfetadas. O uso deve ser pessoal. Não divida nunca com outras pessoas

Sinais e Sintomas de DST

Sífilis: Feridas sem dor, nos órgãos sexuais, caroços e ínguas na virilha, manchas em várias partes do corpo, queda de cabelo. Toda mulher grávida deve fazer o exame de sangue, pois o filho poderá nascer com a doença.

Gonorréia (blenorragia) (pingadeira): Ardência ou formigamento ao urinar, corrimento de cor amarelada ou com sangue, gota de pus.

Cancro Mole (cavalo): Várias feridas dolorosas com pus nos órgãos sexuais, dor e íngua.

Linfogranuloma Venéreo (mula): Íngua dolorosa, geralmente de um lado só.

Tricomoníase Vaginal: Corrimento amarelado com mau cheiro, coceira, dor durante o ato sexual, ardência ao urinar.

Condiloma Acuminado (crista de galo): Verrugas no pênis, vagina ou ânus.

Candidíase Vaginal: Coceira forte, corrimento de cor branca sem cheiro, dor, órgão genitais avermelhados, ardência ao urinar.

Herpes Genital: Pequenas bolhas nas partes externas dos órgãos sexuais, ardência e coceira. As bolhas se transformam em feridas.

Informações:

1. A eficácia da Camisinha como estratégia de prevenção

Vem causando, nos últimos meses, uma grande polêmica a discussão sobre resolutividade do preservativo enquanto método de prevenção à AIDS devido a porosidade do material com o qual é confeccionado - o látex. Grande parte das discussões na imprensa tiveram como base de argumentação evidências científicas, muitas vezes irrefutáveis, porém contaminadas por leituras emocionadas e/ou moralizantes de resultados de pesquisas de renomados cientistas do mundo inteiro, produzindo a publicação de meias verdades. Pesquisas indicam que o látex possui microporos em função de seu processo de manufatura que variam de acordo com o produto fabricado, podendo chegar até a 5,0 mícrons, no caso de preservativos. A preocupação gerada pela presença dos poros no preservativo dá-se quando se tem em vista a dimensão do HIV, que é da ordem de 0,1 mícron, o que fez com que a camisinha fosse comparada, por muitos, de forma ingênua e equivocada, a uma peneira onde o HIV poderia ultrapassar, sem obstáculos, transmitindo AIDS para todos os que inocentemente acreditaram nela como barreira de proteção. Cabem aqui algumas explicações sobre o mecanismo de infecção pelo HIV que são de fundamental importância para se entender porque o preservativo de borracha sempre foi e continua a ser uma barreira eficaz contra o vírus da AIDS. Em primeiro lugar, é importante saber que o HIV possui baixo poder de transmissibilidade quando livre na corrente sangüínea, na medida em que necessita estar associado a uma célula para que seu material infectante possa ser transferido para dentro do organismo do indivíduo. Essa associação do HIV com a célula do sistema de defesa do ser humano faz com que sua dimensão ultrapasse milhões de vezes o tamanho do poro presente na camisinha, tornando impossível a passagem da célula infectada pela barreira de borracha. A baixa transmissibilidade do vírus livre se deve ao fato de que ele possui alta seletividade com relação ao seu "alvo de ataque", necessitando encontrar receptores celulares capazes de receberem o seu material infectante, receptores que não estão presentes em todas as células do corpo humano, principalmente em mucosas íntegras. Além disso, o HIV livre é caracterizado por sua vulnerabilidade frente às defesas naturais do organismo, podendo ser inativado quando envolto por substâncias produzidas pelo sistema imunológico, como o muco. Outras especificidades do HIV poderiam ser apontadas demonstrando o quanto ele é frágil tendo em vista o que se pode fazer para se proteger no caso da prática de sexo mais seguro, em particular, no uso de preservativos. Por sua vez, argumentos sobre a ineficácia da camisinha, que têm como base de sustentação a possibilidade de seu rompimento, são, no mínimo, questionáveis. Várias pesquisas já foram realizadas e concluíram sobre a validade do preservativo como forma eficaz de prevenção, mostrando que o uso correto da camisinha reduz substancialmente o risco de seu rompimento ou deslizamento durante o ato sexual. Em tempos de AIDS é importante reconhecer o risco como possível, avaliar e eleger as alternativas de proteção disponíveis colocando-as em prática. No caso de dúvidas e questionamentos, converse sobre o assunto com pessoas de sua confiança, refletindo sobre as fontes de informações que teve acesso e suas motivações, lembrando que promoção à saúde nem sempre pode ser conjugada amigavelmente com posições religiosas ou princípios morais e VIVA com segurança e prazer.

2. O preservativo feminino

O preservativo feminino - chamado Femidom - deve chegar à América Latina no segundo semestre de 1997. A demora da comercialização se deve ao alto preço do produto: US$ 1,50 cada unidade, enquanto uma caixa com três preservativos custa, em média, cerca de US$ 2,50 no mercado brasileiro. O Femidom é uma espécie de saquinho, confeccionado com um látex mais resistente do que o usado nas camisinhas, com um anel de borracha em cada uma das extremidades. Com uma das mãos, a mulher o introduz na vagina - da mesma maneira como faz com um absorvente interno - deixando o maior anel do lado de fora. O anel interno deve ser acomodado no final da vagina. De acordo com o manual de instruções, a mulher sente quando o preservativo está bem colocado. O ato sexual se passa normalmente e o parceiro ejacula dentro do saquinho, que depois é retirado ao se puxar o anel externo.

3. Tamanho padrão dos preservativos no Mercosul

Os negociadores técnicos do Mercado Comum do Sul - Mercosul - fixaram as medidas da resolução 36/96, denominada Requisitos Especiais para o preservativo masculino de látex, após numerosos testes sobre capacidade volumétrica e de resistência. Foram estabelecidas medidas mínimas de 16 cm de comprimento e 4,4 cm de largura para as camisinhas que circulem no Bloco dos países do sul. As provas sobre pressão de arrebentação das camisinhas permitiu o estabelecimento de uma espessura mínima não inferior a 0,045 mm.

4. O preservativo para adolescentes

A Blowtex está lançando no mercado brasileiro a primeira camisinha destinada a adolescentes. A Blowtex Teen's tem medidas especiais para se ajustar melhor ao corpo do adolescente, evitando problemas no ato da colocação da camisinha ou no desenrolar da transa. A principal diferença é o comprimento: o novo modelo tem 16 cm, dois a menos que o tradicional. A largura diminui apenas 1mm e passa a ter 5,1 cm. Como os preservativos convencionais, a Blowtex Teen's é apresentada em embalagem com três unidades e vem acompanhada de uma bula explicando em linguagem tipicamente adolescente como deve ser usada corretamente para que não ocorram deslizamentos e/ou rompimentos.

5. Incidência de HIV entre jovens

O trabalho de prevenção de DST/AIDS entre adolescentes torna-se, a cada ano que passa, um dos grandes imperativos do enfrentamento da epidemia em todo mundo. Embora os casos de AIDS notificados oficialmente demonstrem que a maior incidência da doença ocorre entre pessoas de 20 a 44 anos, sabe-se que, devido ao longo tempo decorrido entre a infecção pelo HIV e sua primeira manifestação clínica, pode-se estimar que grande parte das novas contaminações estão se dando na adolescência. Ainda pelos dados estatísticos, toma-se conhecimento que a maior parte dos jovens se contamina através de relações sexuais não protegidas e que o uso de drogas injetáveis começa a aparecer como causa emergente e preocupante de transmissão do HIV, principalmente entre os adolescentes do sexo masculino.

6. Mudança de perfil epidemiológico no Brasil

O Brasil testemunha uma nítida mudança nos padrões epidemiológicos da AIDS nos últimos anos. Se até 1987 havia ainda estados da federação, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país, com menos de cinco casos notificados da doença com a epidemia se restringindo, basicamente, às metrópoles regionais do Sudeste, se observa no início dos anos 90, um aumento nas taxas de incidência em regiões geograficamente afastadas do eixo Rio e São Paulo. Observa-se que paralelamente à contínua expansão da epidemia no grandes centros, a infecção do HIV se difunde para o conjunto do país. Entre a população com mais de 13 anos de idade percebe-se uma tendência de alteração da participação relativa das categorias de exposição entre o início da epidemia e a presente década. A categoria uso de droga injetável tem sua participação aumentada de 12,8% no período de 1980-88 para 25,1% a partir de 1993. Também ganha expressão crescente a transmissão heterossexual que representava 3,1% dos casos notificados nesse mesmo período saltando para 27,2% no ano de 1994. Essas categorias de exposição, de relevância crescente, estariam ocupando o espaço deixado pela retração da participação proporcional das categorias de exposição homo e bissexual que passaram de 53,8% no período de 80-88 para 26% em 93. É importante ressaltar que a alteração quanto à participação proporcional das diversas categorias de exposição reflete uma difusão da epidemia a outros grupos sociais, rompendo com a equivocada noção de grupos de risco, mas não aponta para um decréscimo real da epidemia entre homens que fazem sexo com outros homens.

7. Infecção pelo HIV entre mulheres

As mulheres brasileiras estão experimentando um grande aumento no risco de contrair o vírus da AIDS. Enquanto em 1985 para cada 99 homens infectados havia uma mulher contaminada, uma década depois essa relação caiu para uma mulher infectada para cada quatro homens, em média. As campanhas de prevenção freqüentemente falham em relação à mulheres por assumirem que elas não estão em risco ou por promoverem métodos preventivos sobre os quais as mulheres têm pouco ou nenhum poder de decisão, como o uso de preservativos, abstinência sexual ou fidelidade mútua. O aumento do número de casos de AIDS entre mulheres não é observado apenas no Brasil e pode ser entendido se levarmos em conta que 90% dos casos de AIDS hoje estão concentrados em países em desenvolvimento onde as mulheres, em sua maioria, ainda não conseguiram a independência econômica ou social. Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos femininos acumulados no Brasil em 95/96 é de 1.978 - 1002 transmitidos por relações sexuais não protegidas; 412 por transmissão sanguínea, inclusive uso de drogas; 131 por transmissão perinatal e 433 não definidas.

8. Os números da AIDS no mundo

Segundo dados estimativos, mais de sete milhões de casos de AIDS foram registrados no mundo desde o surgimento da epidemia em 1981 e mais de 4,5 milhões de pessoas morreram por causa dela. Calcula-se que são mais de 21 milhões de adultos infectados no mundo, sendo 12,2 milhões de homens e 8,8 milhões de mulheres, além de 800 mil crianças. Entre 75 e 85% das infecções se devem a relações sexuais sem proteção e quase três quartos dessas infecções são produto de relações heterossexuais. No entanto, observa-se um aumento crescente no número de casos entre usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas e seringas que atualmente representam 10% dos casos reportados. Noventa por cento dos portadores do vírus vivem em países pobres e repartem 10% das verbas destinadas ao combate da epidemia no mundo. Apesar de todos os esforços, a epidemia continua progredindo em um ritmo atual de cinco novas infecções por minuto, principalmente em países em desenvolvimento. Em termos de distribuição geográfica das pessoas contaminadas pelo HIV, o conjunto do continente africano lidera com 14 milhões de pessoas infectadas. Em seguida vem o sudeste da Ásia com 4,8 milhões e a América Latina com 1,3 milhão de pessoas. Na América do Norte, sendo a grande maioria nos EUA, já são 780 mil pessoas vivendo com AIDS. A Europa Ocidental possui 470 mil pessoas; os países da África do Norte e Oriente Médio com 192 mil; o leste da Ásia e Pacífico com 35 mil. A Austrália, que possui 13 mil pessoas infectadas segundo dados epidemiológicos, é o primeiro país do mundo onde a epidemia apresenta retrocesso no índice de novos casos.

9. A interação entre as doenças sexualmente transmissíveis e AIDS

O aumento do índice de infecção pelo HIV entre heterossexuais, principalmente nos países em desenvolvimento, deve-se em grande parte à reincidência das doenças sexualmente transmissíveis, consideradas portas de entrada para o vírus da AIDS e facilitadoras da infecção em até 16 vezes. Estudos de pesquisadores em todo mundo indicam que a transmissão da AIDS poderá ser reduzida em mais de 40% se as DSTs forem tratadas e previnidas. Esses mesmos estudos mostram que com exceção de uma vacina eficaz o controle das doenças "venéreas" se apresenta como uma das intervenções preventivas de maior efeito na luta contra a epidemia no mundo. São diagnosticados 333 milhões de novos casos de DSTs por ano em todo mundo.

10. Amamentação x infecção pelo HIV

Estudos científicos indicam que o risco de uma criança se contaminar pelo HIV quando sua mãe é portadora do vírus aumenta em 14,4 pontos percentuais quando ocorre amamentação materna direta. O risco de infecção do HIV da mãe para o filho durante a gestação e o parto varia de 13% nos países europeus para 25% nos países em desenvolvimento. Com a amamentação, esses riscos saltariam para 27,4% na Europa e para 39,9% em alguns países da África. O programa de AIDS das Nações Unidas (Unaids) recomenda a amamentação em populações onde o risco de desnutrição infantil é muito maior que o risco de infecção pelo HIV em função de condições sócio-econômicas. No Brasil, a recomendação é pasteurizar o leite materno, evitando o processo de amamentação direta, uma vez que torna-se impossível aceitar a possibilidade da prática da amamentação de mulheres infectadas pelo HIV, independente da justificativa para tal propósito. A Comissão Nacional de AIDS entende que o Poder Público deve garantir o acesso a alimentos substitutivos àquelas mães que só disponham do próprio leite como fator de sobrevivência de seu filho.

voltar acima